sexta-feira, 11 de março de 2011

Expressão Universitária (março 2011)

No Jornal Expressão Universitária deste mês saiu a seguinte nota:

Corredores de ônibus.


Aplausos à gestão JPK! Após sete anos, finalmente uma obra executada pelo governo municipal que parece beneficiar realmente a população blumenauense. Uma medida simples e barata, que não necessitou de grandes intervenções estruturais, mas que à primeira vista parece ser uma medida de curto prazo para amenizar significativamente o caos urbano da cidade.
Agora só falta reduzir o preço da tarifa de ônibus, aumentar as linhas e horários dos coletivos, investir honestamente e com seriedade em ciclovias e ciclofaixas, integrar o sistema de transporte coletivo com bicicletas, modernizar os ônibus, integrar regionalmente o transporte coletivo, etc, etc. 

E a seguinte charge:


O jornal Expressão Universitária  está disponível em: http://www.sinsepes.org.br/

terça-feira, 8 de março de 2011

Dia das Mulheres de Bicicleta

Quase ia me esquecendo.

Como a grande maioria dos homens tenho um ligeiro problema com datas comemorativas.

Mas pelo menos ainda é começo do dia então em homenagem ao dia das Mulheres segue o vídeo abaixo, já o havia selecionado a uns 2 mês, mas quase que a data ia passando:


A propaganda "Eco-Automobilística"

Carro atualmente, querendo ou não, é o principal vilão dos problemas ambientais. Nos anos 80 e 90, século passado, era a indústria em geral, só que de lá para cá políticas ambientais mais eficientes e punitivas melhoraram em muito os problemas em nosso país.  Não solucionaram tudo, há muitos  a  resolver ainda, tanto  em termos legislativos como executivo.

Mas voltando ao carro (inclua na formula as Motos). 

O carro é uma unidade ineficiente de transporte, pois:

-gasta energia sem necessidade (imagine só a energia consumida por um carro Elétrico ou a combustão, com seus quase 1 tonelada, para transportar  os 80Kg de seu ocupante);  
-ocupa espaço, são pelo menos 8m², quando parado;
-os combustível fósseis ou biocobustivel ( falsa propaganda do ecologicamente correto, transformam comida em combustível, enquanto pessoas morrem de fome no Brasil e no Mundo) soltam gases poluentes (Moto segundo a ANTT (2008) e a ANTP(2010) poluem mais que um carro);
-são prejudiciais as economias públicas, o gasto com manutenção  e ampliação de vias;
-são prejudiciais ao sistema de saúde  pública por conta dos acidente (ai entra as motos) ou problemas  respiratórios.

Bom vou parar de elencar os problemas oriundos dos carros, pois a lista é grande. Mas antes de continuar tenho que dizer não sou contra o carro, tenho o meu, até apelido carrinhoso coloquei nele, "Trombolho". Sou contra uma cultura dependente  do carro. Segundo alguns tem até um termo para isto "Carrodependencia". Carro é um objeto que se deve usar com sabedoria e não depender. Já estive doente, carrodependente, hoje estou curado.

Voltando ao assunto ou indo finalmente ao assunto, que até este momento só enrolei:

A indústria Automobilistica vendo que o carro esta se tornando visivelmente um dos principais vilões do meio ambiente, começa a investir em propagandas, tentando passar a idéia ecologicamente correta  e  humanizadora de seus produtos.

Selecionei 3 videos que tentam passar isto:

KIA Sportage tentando passar além da já manjada idéia de liberdade do carro com ruas livres de trânsito, uma idéia de contato com a natureza e de convivência pacifica com a bicicleta. 



Este do Citroen C4 é ridículo, foi feito em Copenhagem, os ciclistas se apaixonando pela emissão zero de gases do veiculo. Eles sentem o ar puro emitido pelo veiculo e vão atrás.


Agora o comercial mais sem noção, em minha opinião, o da Reanult, que começa falando uma coisa e termina tentando vender exatamente o objeto que criticaram no inicio. Tenta passar por outra vias que o carro dá status (Gostam de ser Grande), passando a idéia vida a uma maquina, como se ela tive  sentimento...


Não preciso escrever muito para as pessoas notarem que a idéia nestes comerciais é tentar tirar o foco do carro como  um objeto  ambientalmente problemático.  Ou trazer o carro com uma solução ao problema gerado por ele.

Mesmo que alguns problemas atmosférico fosse resolvido com a introdução de veículos menos poluidores, outros problemas ainda não seriam. Como problema de espaço, de manutenção de vias e de consumo de energia.

Carro elétrico não é ecologicamente 100% correto, como alguns passam, é menos prejudicial que o a combustão, mas necessita de uma grande quantidade de energia para deslocar seu grande peso em metal e esta energia tem que ser gerada em algum lugar.

AGORA MUDE A SUA DIREÇÃO: 



domingo, 6 de março de 2011

Entre Aspas

O vídeo abaixo fala de trânsito e problemas de mobilidade, para o programa Entre Aspas, da Globo News.

Uns pontos de destaque:
- Transporte para as pessoas e não para o automóvel.
-Paulificação das cidades (Alguns em Blumenau querem isto).
-Educação para o trânsito na infância e inclusão das crianças no trânsito.
-Transporte motorizado uma maravilha para a pessoa um problema para a coletividade.
-Planejamento cicloviário. 
-Pensar uma cidade diferente.



Um vídeo para pensar o que esta ocorrendo em Blumenau. E pensarmos o que queremos para a nossa cidade. Uma São Paulo de hoje ou uma cidade mais humana?

Obs:

A barbarie que ocorreu em Porto Alegre, tem um lado positivo, que é reforçar o debate na mídia sobre o tema mobilidade. Hoje boa parte do Brasil chegou em uma encruzilhada, não há como sustentar um sistema de mobilidade baseado  apenas na  fluidez  do transporte individual motorizado, seja ele carro ou moto.  Estes sistema baseado no transporte individual motorizado traz problemas  de saúde publica , econômicos, sociais, ambientais entre outros. As cidades que não quiserem se tornar uma "Mini-São Paulo" tem que procurar outras soluções.

O que parece ser uma tendência mundial é a adotada desde a década de 1970 por Copenhagen e Amsterdan.  Atualmente sendo adotada por outras cidades espalhadas pelo mundo como Nova York, Londres, Paris, Barcelona, Sevilha, Bogota  entre muitas outras, cada uma adaptando a formula a sua realidade e a seu planejamento, mas que tem alguns pontos em comum:

-Limitação do uso do  transporte Automotor Privado  (Não com rodízio de placas isto não funciona, é só comprar dois carros com placas diferente, um oficial e um mais antigo para o dia de rodízio, São Paulo que o diga).

-Limitação de locais de estocagem de carros em Vias Públicas (Estacionamento público)

-Sistema de transporte coletivo eficiente.   Em Blumenau os corredores estão ai, mais a frota de ônibus de uma das empresas consorciadas são uma vergonha.

-Sistema cicloviário eficiente, que permita pequenas viagens de bicicleta de forma segura.

-Sistema Intermodal. Possibilitando que a pessoa possa fazer o seu caminho de deslocamento usando mais de um meio de transporte. (Carro + Ônibus), (Bicicleta + Ônibus) (A pé + Ônibus) (Carro + Bicicleta). 

sexta-feira, 4 de março de 2011

Ciclofaixa no Santa (2)

Uma segunda parte da reportagem portada mais cedo:

Link: http://www.clicrbs.com.br/jsc/sc/impressa/4,186,3228700,16621

Meta é interligar terminais de ônibus com 60 Km de ciclovia
O secretário de Planejamento Urbano de Blumenau, Walfredo Balistieri, admite que a conservação das ciclovias não está em dia. No caso da Rua Professor Hermann Lange, no Bairro Fidélis, onde os ciclistas precisam se contorcer entre a placa, o ponto de ônibus e o poste, para logo depois desviar do buraco, ele explica que a pintura do compartilhamento não está conforme o projeto, mas garante que será replanejado. No caso das calçadas, uma reunião que será feita entre as secretarias de Planejamento e Serviços Urbanos para definir se a prefeitura fará a manutenção ou a fiscalização cobrará dos moradores, que têm responsabilidade sobre as melhorias no passeio público.

– Tem outras situações que são mais difíceis de resolver, como o vandalismo. Na ciclovia da Rua República Argentina, por exemplo, as pessoas arrancaram o meio-fio para estacionar veículos ou ultrapassar – argumenta o secretário.

Balistieri afirma que, com a implantação dos corredores de ônibus, novas faixas compartilhadas serão implantadas na cidade. A ideia é, futuramente, interligar uma ciclovia entre os terminais Aterro, Proeb e Fonte. Com isso, a cidade chegará a 60 quilômetros de ciclovia interligada – hoje são 43 Km. O arquiteto urbanista e professor da Furb Christian Krambeck acredita que, para criar uma malha cicloviária realmente eficiente, falta o município consultar especialistas:

– As soluções, muitas vezes, não precisam de grandes investimentos. Temos condições de implantar lugares para bicicletas e um exemplo disso é a faixa compartilhada da Rua 7 de Setembro.

O presidente da ABC Ciclovias, Eldon Egon Jung, aponta os problemas em todos os bairros onde há ciclovia e ciclofaixa, mas afirma que a situação está bem melhor do que em épocas anteriores. Ele acredita que o compartilhamento nas calçadas foi aceito pelos pedestres e afirma que o espaço é mais seguro do que andar na pista dos carros, sem qualquer proteção.

– Apesar de não ser no ritmo que gostaríamos, as ciclovias estão sendo implantadas em Blumenau. Porém, estamos acompanhando todo este processo. Quando tem algo de errado, cobramos do poder público. Exemplo disso é o relatório que entregamos esta semana – explica Jung.

Ciclofaixa no Santa:

Ontem a ABCiclovias  apresentou ao Conselho de Planejamento COPLAN, um relatório parcial dos problemas encontrados nas diversas ciclofaixas e ciclovias de Blumenau. Uma cópia deste relatório foi entregue ao Secretário de Planejamento, Walfredo Balistieri, que informou que apresentaria ao prefeito de Blumenau.

Link com a apresentação do Relatório:

E hoje no Jornal de Santa Catarina  saiu a seguinte mátéria:



Pedaladas com obstáculos
Em Blumenau, para andar de bicicleta é preciso mais do que equilíbrio. Conservação das ciclofaixas e ciclovias desafia os ciclistas

Dizem que, para andar de bicicleta, é preciso ter equilíbrio. Em Blumenau, é preciso mais que isso. As ciclovias ou ciclofaixas existentes parecem uma prova com obstáculos. Tem de tudo: desnível, buraco, poste, placa, bueiro, pedestre e carro estacionado. Pelo menos, é isso que aponta um relatório da Associação Blumenauense Pró-Ciclovias (ABC) feito a partir de denúncias de ciclistas e moradores.

Um dos exemplos está na Rua 7 de Setembro, próximo ao cruzamento com a Rua João Pessoa. O buraco sobre a faixa compartilhada é praticamente uma armadilha para os ciclistas. Ironicamente, há uma oficina de bicicletas perto do local. O dono, José Carlos Fernandes, diz que há quase um ano o buraco está ali, sobre a calçada. Ele é a favor de ciclovias, mas acredita que é preciso melhorar as condições de trafegabilidade nos espaços destinados a bicicletas.

– Blumenau poderia pedalar mais. O ideal é que tivéssemos a ciclovia na própria pista dos veículos, mas separada por meio-fio. Andar de bicicleta proporciona mais saúde, lazer e integração social – explica o empresário.

Fernandes também fala dos perigos das ciclofaixas sobre as calçadas. Muitos clientes dele já foram atropelados, sem gravidade, enquanto andavam por elas. O estudante Carlos Cesar da Silva Filho é cliente de José Carlos e usa diariamente a bicicleta. Ele concorda que a maior parte das ciclofaixas são ruins, pois têm buracos e desníveis, e há pedestres que não respeitam a sinalização.

– Tem que prestar muita atenção para não se envolver num acidente. Quem anda todo o dia sabe o quanto é complicado – reclama o ciclista.

A ciclista Carla Wruck que o diga. Ela usa diariamente a faixa compartilhada na Rua Professor Hermann Lange, no Bairro Fidélis. Para passar entre a placa, o ponto de ônibus e o poste, ela faz contorcionismo:

– Passar por aqui nem é tão perigoso quanto o buraco que está mais lá na frente – avisa.

E tem mais. O relatório sobre as condições de ciclovias e faixas compartilhadas feito este mês pela ABC Ciclovias aponta irregularidades nas ruas Amazonas, Almirante Barroso, Antônio da Veiga, 7 de Setembro, 25 de Julho, Humberto de Campos, Professor Hermann Lange, Guilherme Scharf, Samuel Morse e Avenida Beira-Rio. O relatório foi entregue quarta-feira ao secretário de Planejamento, Walfredo Balistieri.


tatiana.santos@santa.com.br
TATIANA SANTOS

quarta-feira, 2 de março de 2011

O modismo.

Agora muitos querem pedir paz no transito, querendo fazer passeatas e “bicicletada” (termo usado pelos integrantes da Massa Crítica).

Infelizmente boa parte das pessoas, só querem fazer isto por que esta na moda. Estão aproveitando o momento ocasionado pela barbárie de uma pessoa stressada no controle de uma maquina com mais de 1 tonelada.

Se não fosse o caso de POA (Porto Alegre) ninguém pediria paz no transito. É só ver o dia 22 de setembro, data que tem a função de conscientização a um trânsito mais humano e que em Blumenau quase passa desapercebido.

Protesto e reivindicação não pode ser feito por modismo tem que ser feito com consciência e por uma vontade verdadeira de querer mudar as coisa.

Me solidarizo com os ciclista de POA e torço que a justiça seja verdadeiramente feita. Apesar do histórico negativo de nossa legislação e sistema judiciário.

Mas não tenho vontade de participar de passeio ciclístico para pedir paz e humanização no transito apenas por modismo.

Prefiro fazer minha homenagem silenciosa e solitária a todas as vitimas do trânsito de Blumenau e Região. Em especial:

- Fernada Vanessa Kruger, 29 anos, ciclista de Timbó, que faleceu por motivo de colisão na SC416.
- Lino Pereira, 47 anos, ciclista de Gaspar, que faleceu após colisão, na SC470.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Massa Critica POA (2)

Eu sou um cara que ficou 2 anos atrás de uma camisa, uma que tem o Logo da Globo e escrito "Sorria você esta sendo manipulado". Esta camisa consegui em São Leopoldo (80km de Porto Alegre) a alguns anos durante um encontro Nacional de História.

Mas um das poucas pessoas que eu gosto de ouvir nesta emissora, é o Alexandre Garcia. E até agora é o melhor comentário feito sobre o caso que ocorreu em Porto Alegre. 


Não direi que os ciclistas não tomaram alguma iniciativa agressiva, após alguma agressão verbal o mesmo psicológica por parte do motorista.

Mas o vídeo do atropelamento mostra claramente que os ciclistas estavam se deslocando em massa, e ninguém iria ficar para trás para ficar agredindo um motorista. A alegação de legitima defesa é no mínimo uma  chacota de uma pessoa que não consegue controlar o stress gerado por longo tempo atrás do volante.

Ao senhor stressado de POA, tenho apenas um conselho, vá pedalar, isto gera endorfina, que é um santo remédio contra o stress.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Massa Critica POA

Em Porto Alegre, um protesto do Massa Critica (Bicicletada), sofreu um atentado a vida. Um motorista passou acelerando pelo meio do pelotão de ciclista, atropelando diversos participastes.

No vídeo dá para notar que entre os manifestastes haviam jovens, senhoras  e até um cachorro, sendo um protesto totalmente pacifico.



Pagina da Massa Critica de Porto Alegre: http://massacriticapoa.wordpress.com/

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Equipe Rocket

No desenho pokemon existe uma equipe do mal, como quase todo anime (desenho japonês). No caso de Pokemon é a Equipe Rocket. Que é uma organização com a finalidade unica de roubar os Pokemons dos outros.

No desenho apesar de ser uma equipe com diversos componentes, os que mais aparecem são Jessie, James  e um pokemon falante Miau. Uma das marcas desta equipe é fazer buracos no chão esperando que alguém com seus pokemon caia e eles possam roubar. Normalmente estes buracos não dão certo e quando dão ocorre alguma coisa e eles acabam perdendo o  lucro do roubo.

Equipe Rocket.


Agora alguém deve esta se perguntando; O que tem haver um anime com bicicleta?

Bom é que eu estou achando que algum cosplay (pessoas que se vestem de personagens de Anime), esta atuando em Blumenau, mas como eles não tem pokemons para capturar fazem buracos  nas ciclovias, na esperança de capturar ciclistas desavisados.Principalmente na Região do Garcia.

Cosplay da Equipe Rocket com bicicletas

Por que?

Pois hoje passei pela ciclofaixa da Amazonas e em menos de 500mts: olhem o que eu fotografei:

Buraco da Equipe Rocket Blumenauense na Rua Amazonas acho que este contou com a ajuda da equipe de manutenção da Prefeitura de BlumenauE o pior colocaram umas barras de ferro para esconder o buraco. O conserto saiu pior do que estava antes.

Mais um buraco da Equipe Rocket Blumenauense na Rua Amazonas.

Lembrando que em setembro de 2010 (link) já fiz uma matéria sobre bocas de lobo nesta via.Onde apareceu a imagem abaixo que eu havia enviado ao Santa:

Imagem enviada ao Jornal de Santa Catarina em setembro de 2010. Já foi arrumada, mas quase 1 mês depois da foto.

Uma coisa é de se espantar; Como bocas de lobo, podem estourar em uma ciclofaixa?  Este objetos normalmente são feitos para aguentar a passagem de um carro, e teoricamente em uma ciclofaixa só passa ciclista.

Uma das duas:

-Ou carros e caminhões estão desrespeitando a legislação e estacionando nas ciclovias e ciclofaixas, bem encima das bocas de lobo. Coisa que acho  impossível com os nosso ótimos motoristas blumenauenses, que conhecem e respeitam as leis de trânsito. (Para os que não entenderam, esta última frase foi sarcasmo).

-Ou é a equipe Rocket mesmo, que tem seus seguidores aqui em Blumenau. Que acho muito mais provável.

Obs: as imagens da Equipe Rocket como o cosplay peguei na Internet a algum tempo e não fiz anotação da origem.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Resposta a Folha de Blumenau

No dia 08/02/2011 o Jornal Folha de Blumenau publicou a matéria  uma matéria defendendo o uso da Moto e contra o  uso de transporte Coletivo e de Bicicletas. Link: http://www.folhadeblumenau.com.br/site/noticia.php?noticia=11360

Em resposta o Arquiteto Fabrício José Barbosa enviou o seguinte texto ao jornal:


"A/C
Editores Jornal Folha de Blumenau

Prezados Editores,
 
Cumprimentando-os cordialmente, venho por meio deste corrigir o grande equívoco da opinião deste editorial com relação a seguinte afirmativa:
"O governo (do município de Blumenau) investe em medidas paliativas... ..., insiste em implantar ciclovias numa cidade onde o calor chega a 40 graus, chove muito e a topografia não ajuda;".
Fonte: Jornal Folha de Blumenau, edição 442 - 8 de Fevereiro de 2011 - Seção Opinião
 
É uma afirmação totalmente sem fundamentação técnica-científica. Para contrapor cada um dos três equívocos supra citados, irei esclarecê-los uma de cada vez.
 
"Calor chega a 40 graus"
Estas temperaturas são atingidas apenas pouquíssimos dias ao ano e entre no horário das 13h às 15h.
Na última segunda-feira (21 de fevereiro de 2011) às 13h pedalei a distância curta de 1,3km em 4 minutos com a temperatura a 29ºC. É o mesmo que caminhar 400m. Alguém por acaso já ficou incapaz de trabalhar nestas condições?
Ademais, curtos trajetos urbanos são possível de serem pedalados no verão no início da manhã e após o final da tarde. Nestes horários a temperatura é cerca de 4 a 5ºC mais amena que no intervalo das 13h às 15h.
Conforme dados do IPA (Instituto de Pesquisas Ambientais) da FURB as temperaturas, mesmo no verão, que coincide com a época de férias, no início da manhã (às 7h) e após o final da tarde (às 19h) são de aproximadamente 28ºC. São portanto bem abaixo da afirmação sem fundamentação científica apontada pelos senhores.
 
"Chove muito"
A intensidade pluviométrica de Blumenau é de aproximadamente 1600mm por ano. Só que estas chuvas não estão uniformemente distribuídas ao longo do ano. Na média, de cada 3 dias apenas um é com chuva.
Na Holanda, por exemplo, a intensidade pluviométrica gira em torno de 800mm, só que caracterizado por freqüentes chuvas. Ou seja, as chuvas são mais constantes. E por lá utiliza-se a bicicleta em 28% das viagens contra apenas 3% em Blumenau. Também para a chuva existem capas de chuva específicas e na Europa o mercado está forrado destes produtos. São como as capas de chuva para motociclistas ou pedestres, só que para ciclistas.
 
"A topografia não ajuda"
Por acaso Blumenau tem somente morros? Somos parecidos com a cidade mineira de Ouro Preto? É claro que não!
Ademais, as principais ruas e avenidas de Blumenau percorrem as principais áreas planas da cidade. Entre estas podemos citar Rua 7 de Setembro, Avenida Beira-Rio, Rua XV de Novembro, Rua São Paulo, Rua Engº Paulo Werner, Rua Amazonas, Rua Itajaí, Avenida República Argentina, Rua Hermann Huscher, Rua das Missões, Rua 2 de Setembro, Rua Bahia, Rua Almirante Barroso, Rua João Pessoa, Rua Gustavo Zimmermann, Rua Frederico Jensen e tantas outras que possuem parte da extensão em áreas planas.
Estas áreas são conhecidas como fundos de vale. Deste modo é perfeitamente possível pedalar da Velha até a Vila Nova por áreas planas (Rua Almirante Tamandaré, Praça do Estudante Rua Theodoro Holtrup).
 
 
Cidades (inclusive algumas com clima parecido com o de Blumenau) que incentivam o uso da bicicleta o fazem priorizando viagens em distâncias inferiores a 3km, que podem ser pedaladas em menos de 15 minutos em ritmo de passeio.
Ao finalizar este artigo, tive a satisfação de percorrer 1,3km em 5 minutos, com gasto calórico equivalente ao mesmo de uma caminhada por 400 metros. Ou seja, uma pessoa transpira três vezes menos pedalando que caminhando a mesma distância.
É por estes e tantos outros motivos que afirmo ser perfeitamente possível atingirmos maior uso da bicicleta em Blumenau.
 
Para isso precisamos que três pontos fundamentais sejam atendidos:
 
1) envolvimento das entidades da sociedade: é o trabalho desenvolvido pela ABC (www.abciclovias.com.br) e que deve estar na pauta das associações de moradores e entidades afins;
2) educação contínua: de nada adianta ensinar regras (placas e sinais) para automóveis a crianças de 8 anos se elas poderão dirigir apenas aos 18 anos. É preciso ensiná-las a pedalar em ruas com baixo movimento e seguras. É preciso ensinar a ser ciclista nos CFCs (auto-escola);
3) engenharia viária coerente: o Sistema Cicloviário de Blumenau é um bom projeto na teoria mas na prática carece totalmente de fundamentação técnica. Ciclovias, ciclofaixas e passeios compartilhados estão sendo executados de forma errada. E a prioridade nos projetos das ruas continua a ser dos carros (vide acesso ao Neumarkt e a rua do Hospital Santa Isabel). Enquanto a bicicleta não tiver prioridade (preferência) no trânsito, o Sistema não servirá para nada. Apenas para gastar dinheiro e para dizer que: "olha lá, a Prefeitura fez mas os ciclistas não usam. Então para quê gastar dinheiro nisso".
 
É claro que os ciclistas não se sentem estimulados a utilizar um sistema que não funciona.
 
Sem mais no momento, subscrevo-me.
 
Atenciosamente,
Fabrício José BarbosaPublicar postagem
Arquiteto e Urbanista
CREA-SC 063599-3
Especialista em Planejamento Cicloviário
Diretor Técnico da ABC"

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Super Sábado Fevereiro 2011

Foi realizado ontem 19/02/2011 mais uma edição do Super Sábado. Este evento que eu elogiei tanto nas outras vezes, parece que está piorando a cada edição. Pois Falam em rua fechada para o trânsito, mas ela esta se tornando também fechada as pessoas.  Pois a cada edição a Rua VX é mais tomada pelos carros. Que não só estão expostos, mas ocupando todo o espaço da rua. Impedindo que pedestres ou ciclistas circulem por ali. O espaço destinado a este em muitos pontos continua a ser a calçada.

Fechar a rua para o trânsito de automóveis, mas ocupar ela com automóveis estáticos não muda nada. Continua a rua sendo do mesmo dono.

Comecinho da XV. Uma bicicleta amarrada no poste, que retrata a falta de bicicletários.

Carros antigos para impedir a passagem de pedestres colocaram uma fita entorno dos carros.

Clube do Jeep. Porquer não colocaram estes carros todos de um lado só deixando um corredor para os ciclistas e pedestres fazendo exercício?

No auto da VX. a rua estava como deveria ser, ao invés de uma ampliação do espaço para o comércio, uma área de diversão. Havia pequenos comerciantes (artesanato), atividades diversas e locais para escambo (troca de objetos). 

A rua só ocupada em sua metade deixando espaço para a circulação das pessoas na via.

ABCiclovias. 

Uma sugestão aos organizadores, ao invés de fechar a rua toda e encher ela de comércio. Convidem as associações para fazerem uma feira de produtos, convidem a Banda do 23º BI  e a Banda Municipal  para o meio da rua, Os grupos de capoeira, maracatu entre outros para saírem das praças e irem para o meio da XV. Deem Papel e lapis para as crianças pintarem grandes painéis no meio da Rua. Aumente o espaço de circulação das pessoas. 

Humanizem a Rua XV, gastem menos dinheiro, mas com sabedoria. Transformem a XV pelo menos 1 vez por mês em uma grande praça, um local de diversão e convívio. Ai você vão conseguir o que querem; Trazer as pessoas para a XV. Não adianta fechar a ruas e condenarem as pessoas a continuarem nas calçadas.

Muitas poucas pessoas vão a XV para ver revendedora de carros, motos e Caminhões.

Parte da formula de transformar a XV em um local agradável vocês tem, fechar ao trânsito, agora falta o resto. Transformar ela em um local para as pessoas.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Carretinha

Hoje andando pelo centro de Blumenau, próximo ao Shopping que cobra 5 reais pelo estacionamento de uma Bicicleta, me deparei com o senhor abaixo puxando uma carretinha de bicicleta.  Já havia visto destas carretinhas rodando pela Itoupava Central. Mas esta de hoje me chamou a atenção, pois estava rodando no centro da cidade.

Infelizmente o "Bike Reporte Amador"* aqui, fez todos os tipos de perguntas ao Senhor, mas esqueceu a básica, o nome do cidadão.

A carretinha foi feita com sucatas de outras bicicletas, madeira compensada e outros materiais, não é a coisa mais bem planejada do mundo nem a mais bonita, mas atende as necessidades do senhor que a utiliza.





Durante o desfile de 2 de setembro de 2010 o Jandir Haack, desfilou com uma carretinha, esta manufaturada com equipamentos de primeira e de provável importação:



* Gostei do termo "Bike Reporte Amador"

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Dinamarca EXPO2010 Shangai.

Mês passado postei aqui no Blog sobre o belo vide de apresentação da cidade dinamarquesa de Odense( link) na EXPO2010 em Shangai.

Mas não apenas o vídeo  de Odense é sensacional como também o pavilhão dinamarquês todo, abaixo um vídeo do pavilhão dinamarquês:




Para saber mais:
http://www.madeiramadeirablog.com.br/pavilhao-dinamarques-em-xangai/

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

USS-Bike

Lançamento do USS-Bike



Bom o associado da ABCiclovias Alcione, comprou um equipamento que acoplado a bicicleta transforma esta em uma espécie de Pedalinho.

Como ele não me passou o nome da engenhoca, batizei de USS-Bike.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Blumenau História & Bicicleta. (2)

No jornal A Cidade de 16 de janeiro de 1926, a prefeitura lançou o balanço de contas de 1925, e juntamente a tabela de valores de impostos e taxas a ser cobrados pelos diversos serviços.

Na tabela A (abaixo) os valores cobrados sobre os veículos:

Jornal a Cidade, Arquivo Histórico José Ferreira da Silva.

Destaquei a Bicicleta. Que por muito tempo tinha sua autorização taxada e a obrigatoriedade de emplacamento. Para saber mais ler matéria do Blog de Adalberto Day ( Link).

Naqueles tempos a bicicleta era um objeto de status e mesmo assim seu valor em taxas era apenas 6% sobre o carro.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Verdade.

Esta animação (Abaixo) mostra uma realidade. E eu sou prova disto, na Rua São Paulo, na Amadeu da Luz entre muitas outras ruas de Blumenau, já ultrapassei BMW, Jaguar, Audi entre muitos outros, gastando apenas uma fração da energia usada por eles. Como provavelmente eu usando um veiculo, que  deve custa o valor gasto por mês em combustível de cada um destes carrões.


E a sensação de passar estes carrões é incrível, não por deboche (tá um pouco), mas pela simples sensação de ter feito a escolha certa. Lembrando o relato de ontem do Funcionário Público no JSC.

Um vídeo recente que passa esta sensação é este a seguir, notar que é na Inglaterra  e há uma placa de 40 milhas (cerca de 65Km/h)  e na verdade o veículo que chega mais perto desta velocidade é a Bicicleta. Só a energia gasta para manter um carro destes parado é maior do que a utilizada pela bicicleta.  Sem contar o Tempo perdido.



Um amigo meu fala; "Que se compre muito mais carros em Blumenau, assim vai ser seguro pedalar pela cidade, pois eles não vão conseguir sair do lugar".

Calcule as vantagens de optar pela bicicleta

No site ClicRBS Nosso Mundo Sustentável(Link) Foi apresentada uma interessante calculadora:

Calcule as vantagens de optar pela bicicleta

Calculadora mostra a economia em gases poluentes e os gastos em calorias



A Universidade Federal do Paraná (UFPR), que desenvolve o programa Ciclovida, descobriu que cada quilômetro que um carro deixa de percorrer evita que 1,9 quilo de gases poluentes chegue à atmosfera.
A instituição criou um simulador de vantagens do uso das bicicletas com base na cidade de Curitiba - onde 2% dos 1,8 milhão de moradores usam as magrelas. Lá, a média é de 1,7 habitante por carro.
O Ciclovida mapeou o trânsito dentro dos quatro principais campi da UFPR. Em uma comunidade acadêmica de 40 mil pessoas, são 25 mil veículos.
Faça os cálculos em um modelo simplificado criado pelo Nosso Mundo com base no da universidade. Calcule os impactos de trocar o carro pela bike no seu dia a dia.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Não fui eu.

Já me pararam no serviço para perguntar se fui eu. Claro aqueles que não sabem o meu nome, que só me vêem passar.

Gosta de bicicleta, vai para o serviço com ela e é funcionário público.

Ele descreveu como eu me sinto e como foi a minha mudança do carro para a bike. Mas é o relato dele, nem o conheço...


No Santa: http://www.clicrbs.com.br/jsc/sc/impressa/4,185,3205169,16476


BICICLETAS

Sair de bicicleta e deixar o carro em casa para ir trabalhar é excelente. A maior dificuldade foi mudar o hábito, mas depois, até as ciclovias que pareciam absurdas (quando observava por trás do volante) se tornam úteis. Econômico, sustentável, saudável e surpreendentemente rápido, já que o trânsito é um atraso. A atitude quebra paradigmas.

Daniel Nilo Florindo

Servidor público - Blumenau

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Trabalhando de Bicicleta (foto)

Fiquei tentando tirar a foto deste senhor uns 3 meses. Sempre que o encontrava ou tinha muito trânsito ou a câmera não estava a mão.

Correios e a Guarda.

Esta eu já vi algumas vezes com a caixa cheia.

A Guarda e um ônibus estragado.

Correios. 

Banca de Revista Usada, ele faz a distribuição dos materiais entre as lojas.

Ciclotursimo em Blumenau.

Bom saiu a seguinte matéria no jornal eletrônico Folha Blu:

"Secretaria de Turismo planeja a implantação de roteiro de cicloturismo em Blumenau

A diretoria da Secretaria de Turismo de Blumenau planeja, juntamente com o presidente da Associação Blumenau Pró-Ciclovias (ABC Ciclovias), Eldon Egon Jung, a implantação do roteiro de cicloturismo na cidade e a participação no Circuito do Vale Europeu - que abrange nove municípios. A reunião acontecerá nesta terça-feira, dia 8, às 10 horas.
Segundo o secretário de Turismo, José Eduardo Bahls de Almeida, o objetivo é atrair os turistas que buscam aventura e lazer para o município. "Uma sugestão de passeio rápido e agradável é conhecer o centro histórico em duas rodas. Já para os mais aventureiros poderemos oferecer o Circuito do Vale Europeu, onde é possível contemplar diversas cidades vizinhas num percurso de 300 quilômetros", diz Bahls de Almeida."

Tenho que dizer, meu ego não está pequeno hoje, pois fui convidado para a reunião, mas como tenho que labutar e nem sempre posso pedir folga por conta da bicicleta, não pude ir.

Mas voltando a falar do meu ego,  a sugestão das duas rotas pelo Cento Histórico (Grifado), são parcialmente  minhas.  Como não participei da reunião, não sei os detalhes.  Mas assim que souber e até onde posso divulgar passo pelo Blog e pelo Twitter. @crp_hist.

Já estava pensando em diversas possibilidades a mais  de um ano.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Ciclistas com Câmeras no Capacete

Em Londres ciclistas estão usando câmeras acopladas no seus capacetes. Abaixo uma reportagem da BBC em português sobre o assunto:



Mas não é só sobre os erros dos motoristas que estas câmeras são usadas, há alguns que apontam os erros cometidos por outros ciclistas, como o caso do vídeo abaixo, de um canal do You Tube onde semanalmente são colocados diversos fragas de ciclistas e motoristas desrespeitando as leis:

Blumenau, exemplos de motoristas (2).

Carros ocupando todo o espaço da calçada enquanto seus donos vão ouvir a palavra de Deus, sobre respeitar o Próximo. Pedestre acho que não estão incluídos nestes conjunto de próximos.

Ciclofaixa Primeiro de Janeiro (30/01/2011)

Ciclofaixa Primeiro de Janeiro (30/01/2011)


E Um Bicicleteiro imprudente:

Este não esta em posse de um carro, mas a foto tirei no 3º dia que vi ele fazendo  isto, vem pela pista da esquerda e fica ai no final da curva esperando  uma brecha no transito para atravessar e pegar a pista compartilhada. Se um carro perde o controle ou alguém se assusta com ele? Imaginem o estrago.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Sustentáculos "Mobilidade Urbana"

Sustentáculos   da TV Brasil  em sua 4ª edição  tem o tema  Mobilidade Urbana. 


Participação:
- Plá de Curitiba, com a Musica Invasão das Bicicletas.
- Zé Lobo da ONG Transporte Ativo do Rio de Janeiro.



Parte 1

Parte 2

Parte 3

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Circo dos Horrores

Desde de Domingo quando tirei estas fotos, fiquei imaginando o que escreveria, mas não  consigo pensar em nada.

Só uma pergunta posso fazer; Como alguém que recebeu o titulo de arquiteto ou engenheiro, pode compactuar com um crime deste?

Rua Profº Hermann Langer, Bairro Fidélis, Blumenau, SC. Em um pouco mais que 2Km.






Nesta tenho que comentar. Como alguém pode fazer uma  coisa desta com uma árvore? Arvores caindo em São Paulo, pois suas raízes fora concretadas e negadas sua capacidade de se desenvolver e em Blumenau isto...









Ciclofaixa Segura.



Para os que, como eu, sempre criticaram a falta de segurança das ciclofaixas de Blumenau, envio uma foto que tirei às 9h15min desta terça-feira, na Rua Antônio da Veiga, provando que existem na cidade ciclofaixas muito seguras. Tem até policiamento. Permaneci no local por pouco mais de 30 minutos e nada de aparecer alguém para retirar o veículo.

Márcio Alberto Anesi

Técnico em segurança - Blumenau



terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Calçadas compartilhadas.

Uma pequena reflexão sobre calçadas compartilhada.

Por muito tempo ouvi falar que calçada é para pedestre e que lugar de bicicleta é na via. Concordo com este argumento, mas concordo com a exceção, de que onde houver local devidamente preparado e devidamente sinalizado, a calçada possa ser usada como área ciclável, respeitando a premissa que pedestre tem preferência.

Isto não é invenção de Blumenau, é usado em outras partes do mundo, inclusive na Alemanha.

Na Alemanha há sinalização parecidas com a Blumenau, com 3 placas distintas, área exclusiva para os ciclos, área compartilhada com demarcações e área totalmente compartilhada. Tenho que ressaltar que em qualquer caso o pedestre sempre tem a preferência.

Comparação placas usadas em Blumenau e Berlim


Não que lá seja um paraíso, pois há relatos de conflitos entre ciclistas e pedestres. Os dados que tive acesso de 2006, registram  em Berlim 221 acidentes  envolvendo colisões entre ciclistas e pedestre, com 42 pessoas feridas gravemente e 1 morte. Claro que nem todas as colisões foram sobre as calçadas. E provavelmente conflitos de pequena monta não foram registrados.

Para mim calçada compartilhada deve ser usado em lugar de pequeno trafego de pedestres e ciclistas e não na 7 como esta sendo feito. Para serem usadas em local de grande trafego as calçadas devem ser largas e bem sinalizadas, informando corretamente ciclistas e pedestre. Recebendo um bom preparo quanto a mobilidade.

A Beira Rio é um exemplo de erro, a parte destinada a ciclofaixa é larga, a pavimentação tem algumas irregularidades e os acessos tem desníveis até hoje não sanados.  Mas a pior parte são os postes, que deveriam ter saido da calçada, e foram deixados. Prejudicando os  pedestres, fazendo com que estes  usem a parte ciclável, que também não recebeu sinalização vertical e horizontal em quantidade satisfatória. 

Beira Rio, poste no meio da parte destinada aos pedestres (cinza) e falta de sinalização da parte ciclável (Vermelha).


A Rua 7 antes de receber uma ciclofaixa deveria ser alargada e posteriormente receber uma ciclofaixa, ou mesmo uma ciclovia, fazendo um pequeno desnível sinalizando a sua existência.

Obs: Quanto a pedestres usarem ciclovias ou ciclofaixas. Infelizmente há locais em Blumenau onde as calçadas não existem ou são uma piada de mal gosto. Assim sobra apenas as áreas ciclaveis. Por isto não vejo problemas em pedestres andarem em ciclovias nestas regiões, só que estes tem que ter o mínimo de respeito e educação, deixando um espaço livre para o ciclista.

Obs2: Preferência não é imunidade ou um  "passe  livre" para má educação, o que normalmente ocorrer.

Fontes:

O Fiasco das bikes.

Já postei aqui um texto do Professor  e colunista do Jornal de Santa Catarina Maicon  Tenfen, quando ele fez uma descrição detalhada do "Blumenauense Fundamental". No dia de ontem ele escreveu na sua coluna no jornal o seguinte Texto:


O fiasco das bikes (Link)


Olha, eu nem pretendia tocar no assunto, mas a indignação dos leitores do Santa é tão onipresente nas cartas da página 2 que, movido por sentimentos humanitários (e por uma pontinha de sarcasmo), vejo-me na obrigação de discutir o fracasso do aluguel de bicicletas em Blumenau. Segundo boa parte dos leitores que se manifestaram, as bikes foram retiradas devido à ausência de infraestrutura adequada para o tráfego de ciclistas, isto é, devido à ausência de ciclovias de verdade, diferentes desses riscos fajutos que pintaram nas calçadas. Mas tem um detalhe importante: na época em que improvisaram as tais ciclofaixas, em 2009, muitos habitantes da cidade e, pior, inúmeros especialistas em desenvolvimento urbano bateram palmas para a preguiça da prefeitura.

Lembro bem disso porque, em 13 de outubro de 2009, fiz o seguinte comentário aqui na coluna:

“Os especialistas aprovam (as ciclofaixas) e, segundo enquetes realizadas entre os blumenauenses, tanto pedestres quanto ciclistas não veem problema na iniciativa, acreditam que há espaço para todos e que as faixas são sinônimo de segurança (...) Ora, a ideia das ciclofaixas sobre as calçadas é bastante estranha para um matuto como eu. Na época em que me locomovia de bicicleta, aprendi uma regra de ouro (...): se estiver pedalando, JAMAIS trafegue sobre as calçadas, pois elas são o habitat natural dos pedestres.” Terminei o texto perguntado se o “golpe” das ciclofaixas, em vez de resolver um problema e representar o progresso da cidade, não estaria criando um transtorno para todos nós.

Como sempre, optou-se por acreditar que eu – e outros críticos da impostura das ciclofaixas – gosto de nadar contra a corrente. É que Blumenau tem um conceito muito peculiar de civilidade e desenvolvimento. Preferimos a comodidade da aparência à trabalhosa mão-de-obra da essência. Se um problema PARECE resolvido, se PARECE aos olhos dos turistas de outubro que temos “ciclovias” e bicicletas de aluguel, então tudo está muito bem.

Mas sejamos otimistas. Quem sabe, depois desse fiasco inicial, alguém da prefeitura resolva investir com responsabilidade no transporte ciclístico. Caso contrário, se for só para remediar, será melhor que, apesar da nossa notória mania de grandeza, admitamos a nossa condição de cidade incrustrada numa desamparada republiqueta de terceiro mundo.