sábado, 22 de janeiro de 2011

Corredor de ônibus por Clóvis Reis.

Hoje saiu na coluna  de Clóvis Reis no Jornal de Santa Catarina um comentário sobre os Corredores de Ônibus, ele não acrescentou nada de especial, apenas reafirmado o que todos os defensores dos corredores de ônibus falam e que os defensores de um transporte individual automotor, saturado,  não querem entender. Simplesmente por mesquinharia de perder um pouco de privilégio.



Corredor de ônibus 


Clóvis Reis:


A repercussão que causou a instalação dos corredores exclusivos para ônibus em Blumenau, tanto na seção de cartas do Santa impresso quanto nos comentários da versão online, demonstra a necessidade de que o Seterb insista numa campanha de esclarecimento à população para que a medida logre o apoio dos usuários e, assim, alcance os resultados esperados com a sua implementação.

No geral, os corredores provocaram mais reclamações que declarações de apoio. Compreende-se. Num município cuja cultura de mobilidade urbana funda-se no emprego do transporte individual e particular, qualquer alternativa que represente uma ameaça ao fluxo de automóveis e motocicletas desperta reações inflamadas. Eu mesmo recebi na caixa postal um apelo enfático por uma coluna em defesa dos motoristas da cidade. O texto me impressionou e, oportunamente, tratarei do assunto, lamentavelmente contestando a linha de pensamento do leitor, embora concordando com suas críticas à atuação das concessionárias do transporte coletivo.

Hoje me manterei no tema dos corredores para os ônibus. O fato é que, na atualidade, eles são a melhor alternativa para que o nosso sistema viário não se esgote completamente, com a necessidade de pesados investimentos na abertura de novas ruas, construção de pontes, instalação de trevos e viadutos, em prejuízo das verbas destinadas à saúde, à educação, ao saneamento e ao lazer. Tudo bem. Talvez, poucas pessoas troquem o carro pelo ônibus depois da implantação dos corredores exclusivos, mas uma coisa é certa: nossa opção de deslocamentos terá um custo. Seguiremos mais lentamente, porque a administração pública não usará todo o seu orçamento para que a gente desfrute dos benefícios do nosso automóvel.

Gostemos ou não, desde tal ponto de vista, o ônibus é uma alternativa mais barata, ambientalmente responsável e comprometida com o futuro de Blumenau. Se a atuação das concessionárias do transporte coletivo é lamentável – e é mesmo, onde já se viu ônibus sem ar condicionado no calorão de Blumenau! – nossa obrigação é a cobrança de um serviço de qualidade. O carteiro não tem culpa se as cartas que nos entrega trazem notícias ruins.

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