segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Perigos de uma obra inacabada

Hoje no Jornal do Santa, achei diversas coisas para colocar aqui no blog, três delas coisas proferidas pelo Walther Ostermann, desta vez não foi coisas que eu gostei, uma delas é a sua defesa sobre a moto como solução ao trânsito que já dura umas 3 semana. Ele não leva em conta que uma moto causa tanta poluição atmosférica, auditiva e visual quanto um carro. O numero de vitimas fatais encima de uma moto supera em muito todos os outros modais de transportes.

Mas esta discussão deixarei para outro dia. Hoje o que mais me chamou a atenção é uma matéria sobre o Trevo da Mafisa e a falta de segurança a pedestres e ciclistas. Mais uma das diversas obras inacabadas de Blumenau inauguradas antes de completadas e sem previsão para o seu termino.  Não precisamos pensar muito para vermos quantas destas já foram entregadas nas ultimas administrações da nossa cidade.

-Beira Rio, só metade e mesmo assim a metade entregue até hoje está com os postes no meio da calçada.
-Via Expressa,  sem marginal, sem viaduto, sem local para pedestres e ciclistas.
-Binário da Humberto de Campos, só até a Rua Deodoro da Fonseca.
-Sistema cicloviário de Blumenau.
-Revitalização da Antiga Prefeitura, só parte do projeto foi executado.


A Matéria:


Link: http://www.clicrbs.com.br/jsc/sc/impressa/4,186,3131929,16034

Perigos de uma obra inacabada


Sem acesso subterrâneo, acostamento e calçada, local é cenário de imprudências
BLUMENAU - Movimento intenso, rostos assustados, sons de buzinas, pedaladas rápidas e medo. Um misto de sentimentos e ações que configuram a tarde de quem passa pelo Viaduto da Mafisa. E o cenário não tem prazo para se alterar. Com a ausência do acesso subterrâneo para quem sai da BR-470 e quer seguir em direção à Itoupavazinha, muitos motoristas cometem imprudências. Fazem conversões proibidas enquanto pedestres e ciclistas se arriscam em meio ao movimento, como mostram os flagrantes que estampam estas páginas. Nas marginais de acesso, as pessoas precisam andar pela pista, pois não há acostamento nem calçadas.

– Há uns dois meses, um carro quase me atropelou quando eu estava passando por aqui. Falta acostamento, porque aqui tem fluxo intenso de veículos e pessoas – alerta Luiz Carlos Gomes, trabalhador da construção civil que passa com frequência pelo viaduto de bicicleta.

A operadora de caixa Izilda Behling passa por uma das marginais todos o dias para pegar o ônibus que a leva para casa:

– Vir por aqui é um perigo constante, mas prefiro passar por baixo do viaduto porque o pessoal abusa da velocidade na parte de cima.

Dnit não tem prazo para recomeçar a obra

Segundo a Polícia Militar Rodoviária (PMRv), semanalmente são registrados acidentes no local, envolvendo motoristas que saem da BR-470, entram na marginal para ingressar na Rodovia Guilherme Jensen (SC-474) e ignoram a preferência de quem desce o viaduto.

Com a obra parcialmente entregue, o supervisor regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Elifas Marques, afirma que os trabalhos finais estão parados e aguardam a liberação de empresas que mantêm cabos e fiação no ponto onde a passagem subterrânea será feita. Conforme o superintendente do Dnit, João José dos Santos, também é necessário encerrar as desapropriações de terrenos para executar a parte final do viaduto. Santos observa que no local serão reservados espaços para pedestres e ciclistas para evitar que se arrisquem em meio ao movimento.

– Assim que o município concluir as desapropriações será definido o início das obras – assegura o responsável.

Procuradora de Blumenau, Marli Ziecker Bento garante que a posse do terreno já está com o município, mas a Justiça precisa determinar o valor a ser pago para o proprietário. A administração municipal aceita pagar R$ 237 mil, definido por meio de uma avaliação de profissionais especializados. Porém, o dono do imóvel pede mais de R$ 500 mil.

– Quando o judiciário definir o valor, faremos o pagamento e teremos a permissão para que as obras sejam retomadas – afirma Marli.

anderson.silva@santa.com.br
ÂNDERSON SILVA

O QUE PREVÊ O PROJETO
- Estão previstos na obra do Viaduto da Mafisa 830 metros de calçada, com três metros de largura na pista direita ao viaduto, sentido Blumenau/Massaranduba. Serão implantadas desde a cabeceira até o acostamento da esquerda na Rodovia Guilherme Jensen, próximo ao Posto RG
- Haverá faixa de segurança para pedestres que saem do viaduto e cruzam as marginais de acesso à BR-470 para chegar à Rodovia Guilherme Jensen
- O acesso subterrâneo à Itoupavazinha também será contemplado com calçada com a mesma dimensão na pista da direita, separada da faixa dos carros por guarda-corpo
Fonte: Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit)

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