sexta-feira, 4 de março de 2011

Ciclofaixa no Santa:

Ontem a ABCiclovias  apresentou ao Conselho de Planejamento COPLAN, um relatório parcial dos problemas encontrados nas diversas ciclofaixas e ciclovias de Blumenau. Uma cópia deste relatório foi entregue ao Secretário de Planejamento, Walfredo Balistieri, que informou que apresentaria ao prefeito de Blumenau.

Link com a apresentação do Relatório:

E hoje no Jornal de Santa Catarina  saiu a seguinte mátéria:



Pedaladas com obstáculos
Em Blumenau, para andar de bicicleta é preciso mais do que equilíbrio. Conservação das ciclofaixas e ciclovias desafia os ciclistas

Dizem que, para andar de bicicleta, é preciso ter equilíbrio. Em Blumenau, é preciso mais que isso. As ciclovias ou ciclofaixas existentes parecem uma prova com obstáculos. Tem de tudo: desnível, buraco, poste, placa, bueiro, pedestre e carro estacionado. Pelo menos, é isso que aponta um relatório da Associação Blumenauense Pró-Ciclovias (ABC) feito a partir de denúncias de ciclistas e moradores.

Um dos exemplos está na Rua 7 de Setembro, próximo ao cruzamento com a Rua João Pessoa. O buraco sobre a faixa compartilhada é praticamente uma armadilha para os ciclistas. Ironicamente, há uma oficina de bicicletas perto do local. O dono, José Carlos Fernandes, diz que há quase um ano o buraco está ali, sobre a calçada. Ele é a favor de ciclovias, mas acredita que é preciso melhorar as condições de trafegabilidade nos espaços destinados a bicicletas.

– Blumenau poderia pedalar mais. O ideal é que tivéssemos a ciclovia na própria pista dos veículos, mas separada por meio-fio. Andar de bicicleta proporciona mais saúde, lazer e integração social – explica o empresário.

Fernandes também fala dos perigos das ciclofaixas sobre as calçadas. Muitos clientes dele já foram atropelados, sem gravidade, enquanto andavam por elas. O estudante Carlos Cesar da Silva Filho é cliente de José Carlos e usa diariamente a bicicleta. Ele concorda que a maior parte das ciclofaixas são ruins, pois têm buracos e desníveis, e há pedestres que não respeitam a sinalização.

– Tem que prestar muita atenção para não se envolver num acidente. Quem anda todo o dia sabe o quanto é complicado – reclama o ciclista.

A ciclista Carla Wruck que o diga. Ela usa diariamente a faixa compartilhada na Rua Professor Hermann Lange, no Bairro Fidélis. Para passar entre a placa, o ponto de ônibus e o poste, ela faz contorcionismo:

– Passar por aqui nem é tão perigoso quanto o buraco que está mais lá na frente – avisa.

E tem mais. O relatório sobre as condições de ciclovias e faixas compartilhadas feito este mês pela ABC Ciclovias aponta irregularidades nas ruas Amazonas, Almirante Barroso, Antônio da Veiga, 7 de Setembro, 25 de Julho, Humberto de Campos, Professor Hermann Lange, Guilherme Scharf, Samuel Morse e Avenida Beira-Rio. O relatório foi entregue quarta-feira ao secretário de Planejamento, Walfredo Balistieri.


tatiana.santos@santa.com.br
TATIANA SANTOS

Um comentário:

  1. Concordo com o perigo de ciclovia na calçada, pedalo desde 1994 pela cidade e nunca tive problemas ao longo da rua 7 por exemplo, vc estando na beira da rua terá visão do automóvel e, principalmente, ele de vc, acho muito menos estressante assim, mas com a ciclofaixa na calçada eu já quase me acidentei, pois ao atrevessar uma rua transversal, vc precisa prestar atenção se não hà carro entrando, na valeta da água (onde trancou a roda da bike) e aquele arbusto bem na entrada da rua, que impede ciclista e motorista de se enchergarem, além do trajeto pela calçada ser péssimo pelo fato da buraqueira e pedestres no caminho, é uma indução ao acidente na minha opinião, exemplo da ciclofaixa passando bem no meio da ''galera'' no ponto de onibus após o shopping, deve-se mexer onde está ruim e não deixar ruim o que funcionava.
    Está faltando profissionalismo por parte da prefeitura e secretaria para bolar projetos, acho que ficar chutando projetos pra ver se dá certo um dia é jogar dinheiro, tempo fora e põe em risco a segurança das pessoas, não temos a vida toda pra ver se vai dar certo, um engenheiro deve acertar um projeto logo, pra isso estudou, senão talvez teremos boas ciclovias daqui uns 60 anos, quem daqui poderá pedalar até lá? hehe Desse jeito irá passar o tempo e estaremos sempre nos estressando com projeto que não dá certo e nunca aproveitaremos uma ciclovia descente na cidade.
    Uma coisa simples de se fazer na minha opinião, em ciclovia a beira da estrada, é tirar as bocas de lobo, deixar a pista plana ali e passar esse escoamento da água para beirada de meio fio, mas pelo visto a prefeitura não tem interesse em resolver coisas simples.

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